A agressiva realidade contra as mulheres

O Brasil registra 1.338 mortes de mulheres por violência durante a pandemia. Esse ato é frequente na sociedade? Uma em cada quatro mulheres são vítimas de algum tipo de agressão na quarentena, no qual na maioria das vezes praticada por seus companheiros. Diante disso, essas agressões não se limitam apenas ao ato físico, mas também psicológicos e emocionais; em tempos de isolamento social os casos e denúncias vem aumentando graças ao tempo passado pelas mulheres em casa.
            De acordo com a lei número 1.340, conhecida como lei Maria da Penha, todos os casos de violência doméstica são considerados crime. O agressor deve ser remetido ao Ministério público e a mulher recebe assistência e proteção. Certamente toda a sociedade brasileira conhece tal lei, porém muitos a ignoram completamente e cometem esses atos de atrocidade contra as mulheres. Durante a atual pandemia essa ação passou a ocorrer com maior frequência.
            É visto que existem diversos casos, como: “Levei quatro facadas na frente da minha filha quando tentava terminar meu casamento. Não senti dor, só vi o sangue escorrer pela minha roupa. Quando me levantei e olhei no espelho é que tudo veio à tona. A faca estava cravada na minha cabeça. Posso dizer, sem sombra de dúvidas, que nasci de novo". Relato feito por Fernanda, de 27 anos. A jovem foi uma das 54 vítimas de tentativa de feminicídio registradas entre janeiro e novembro do ano passado pela Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF).
            Conforme é visto os casos vem aumentando. A maior causa está sendo a quarentena, pois a mulher acaba ficando em casa por um período de tempo maior e por isso não contém seu escape externo. Bem como o medo graças a ameaças, outro motivo para o crescimento de momentos como esse. A grande parcela de tempo em residência dessas mulheres traz graves consequências, como espancamento, conflito psicológico e as vezes a morte.
            Existem muitas razões para uma vítima não conseguir romper um relacionamento com o agressor. “Para além da dependência econômica, a mulher tem uma dependência emocional muito grande do seu agressor e isso contribui para que ela permaneça nesse ciclo. O atendimento que é prestado nos centros de referência é fundamental para que a mulher a resgate a sua autonomia e tenha forças para deixar esse relacionamento abusivo que ela vive”. Diz a coordenadora de Defesa dos Direitos da Mulher do Rio, Flávia Nascimento. Não cabe a sociedade julgar a vítima, e sim procurar entendê-la e ajudá-la a sair dessa situação.
            Portanto, o Governo Federal junto com o Ministério da justiça e segurança pública deve criar abrigos para que as mulheres e seus filhos que sofreram violência possam ter um lugar para ficar. A existência de delegacias especializadas no atendimento das vítimas, intensificar as campanhas para divulgação dos direitos das mulheres, medidas e leis mais rigorosas e eficazes para quem pratica a agressão, são de extrema importância; agressividade contra mulher é crime.

        Dona Penha Maria

Produzido por:
Ana Beatriz de Medeiros
Lais Manuela de Oliveira Melo
Natália Sophia Melo Araújo
Alunas do 9° ano vespertino  FAC - Colégio e Curso
Orientação: Prof. Bruno Nascimento da Silva
Disciplina: Língua Portuguesa e Redação

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