Postagens

Mostrando postagens de junho, 2023

TERRA DA MISÉRIA

TERRA DA MISÉRIA  A fome não se curva  E nossa visar turva, Luta por alimento Mas ser faturamento Nos celeiros vazios Não há adversidade Nem a felicidade. A seca castiga  Não é nossa amiga. A fome se espalha, Como um vendaval Deixando os cidadãos Num triste funeral. Campos outrora verdes Hoje se convertem, Sem chuvas nos campestres. Sol escaldante Castigos os pés ages Dos que lá trabalham No sertão agreste. Na mesa vazia Tristeza faz moradia, E o estômago ronca Constante agonia. Nordestino valente,  resistente, enfrenta A fome persistente. Olhos de tristes refletem As pessoas famintas  Que se submetem  A vivencia peste. Ferida que não cessa Desafia a vida Acabando com a pressa. Crianças agonia Com uma mesa vazia Ferida que não fecha. Provando sua grandeza, Com muita compaixão Luta toda a nação. Muitas com sustento Outras sem alimento. Fome, insegurança Com que alimenta Adulto e criança? Sofrimento do povo Querendo algo novo. A terra da fome  Com tanta riqueza. Ainda a pobreza Terra da

O choro silencioso

 Entre o desespero Jaz um grito não ouvido Do que a barriga ronca E o alimento não é concedida Não recebe tal direito E ainda é ofendido. Só precisa de um pão, Desfrutar de uma refeição Ou algo simples na mão Fome que não acaba Não precisa coisa cara Onde está a comida? Sem ela não há vida Choro silencioso Que só o rico não vê O povo mentiroso  Diz que só tem na TV  E a fome matando Sem ninguém perceber  O sangue chega ferver  Como me dói só pensar  Viver sem sequer falar  A falta que comer faz Só o próprio satisfaz  Política de fome  Sempre bem refinida ''Pobre sem fome? Maltrada'' A quem pede esmota Com nada na sacola Há também quem sonha  Com leite ou pamonha Uma grande vergonha Não só comida falta  Aquele que não é  Dentro da classe alta  A fome em massa  Trás apenas desgraça  Alimento nos faz forte Sem ele vira morte Oh fome quer não passa Ninguém ouve  ainda A fome é bem-vinda  Desde que não ofete A estrada tão linda  É tão superficial   Rico ser especial Tudo est

MINHA GENTE

 Minha gente tem fome Meu povo quer atenção Terra onde não se come Onde falta o meu pão  Chega a ser irreal Minha gente passa mal Vive de ossos do chão Minha gente quer recursos  Nesta terra de pobreza Meu povo não quer discurso Nem levar essa tristeza Apenas por um momento Todos nesse sofrimento Torna-se falsa pobreza Ninguém sabe de onde ela vem Nem sua cor, nem seu cheiro Sei que força ela tem  Sei que traz desolação Pro meu povo, pro meu chão Nunca há um prato cheio Todo o dia tinha pranto Mas nunca um prato cheio Na mesa um prato branco Rosto de anseio Anseio e esperança Minha gente quer mudança Querem viver receio Percebi, olhando bem  Que ela sempre tá lá Num prato de alguém  Na mais famosa favela Na boca de menino No lugar mais ressequido  Fica aonde vê lugar. Ela tá numa avenida no casebre, na mansão Na modelo desnutrida Tá na casa do ladrão´ Está nos seus olhos cegos Dentro do bolso do terno No bucho da multidão. Minha gente tem fome Meu povo quer atenção Terra onde não se co