TERRA DA MISÉRIA
TERRA DA MISÉRIA
A fome não se curva
E nossa visar turva,
Luta por alimento
Mas ser faturamento
Nos celeiros vazios
Não há adversidade
Nem a felicidade.
A seca castiga
Não é nossa amiga.
A fome se espalha,
Como um vendaval
Deixando os cidadãos
Num triste funeral.
Campos outrora verdes
Hoje se convertem,
Sem chuvas nos campestres.
Sol escaldante
Castigos os pés ages
Dos que lá trabalham
No sertão agreste.
Na mesa vazia
Tristeza faz moradia,
E o estômago ronca
Constante agonia.
Nordestino valente,
resistente, enfrenta
A fome persistente.
Olhos de tristes refletem
As pessoas famintas
Que se submetem
A vivencia peste.
Ferida que não cessa
Desafia a vida
Acabando com a pressa.
Crianças agonia
Com uma mesa vazia
Ferida que não fecha.
Provando sua grandeza,
Com muita compaixão
Luta toda a nação.
Muitas com sustento
Outras sem alimento.
Fome, insegurança
Com que alimenta
Adulto e criança?
Sofrimento do povo
Querendo algo novo.
A terra da fome
Com tanta riqueza.
Ainda a pobreza
Terra da miséria
Muitos brincando
Até com coisa seria.
Nas casas humildes
A fome prevalece,
Cruel, indiferente
Não deixa habhar
A vida agreste.
Fome se esconde
Mas sabemos o nome
De todos os condes.
Muitos falam sobre
Sofrimento alheio
Com o prato cheio.
Enquanto outros não sabem
Se hoje come,
Ou morre de fome.
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